quarta-feira, 9 de junho de 2010

All-in

"Popopopoker face
Popopoker face
Mamamama...
"
(Poker Face, Lady Gaga)
-------------------------
-------------------------
Eu aposto que você adorava fazer aquela brincadeirinha maldosa, a famosa “travessura” quando era criança. Aposto que se sentia “A” criança malandrona quando fazia alguma coisa errada... Até descobrirem, óbvio. Aposto que adoraria encontrar um lugar onde seus maiores defeitos se tornassem as mais valorosas das virtudes.
Sabe, eu achei. Tá certo que não é bem um “lugar”, mas o importante é o que importa. Porque eu dificilmente me sinto mais a vontade em qualquer outro lugar do que em um jogo de Poker.
A começar pelo fato de que um jogo de Poker não começa sendo só um jogo de Poker. Antes rola o churrasco, as conversas, as piadas, de vez em quando um futebol, um pingue-pongue ou qualquer outro jogo que dê vontade de jogar na hora.
Mas, é quando o Poker vira apenas Poker que eu me sinto em casa. Porque é nessa hora que alguns daqueles defeitos chatos que eu tenho viram qualidades.
É nessa hora que eu posso ficar quieto, sossegado; mesmo estando rodeado de pessoas que eu considero. É nessa hora que eu posso ser competitivo sem limites, porque tudo depende de mim. Se eu perder, foi porque errei. Não tenho o direito de explodir com ninguém; como sempre acontece em outro tipo de jogo; como eu sempre sei que vai acontecer, mas nunca consigo controlar e, como sempre, me arrependo.
Também é nessa hora que eu posso me testar sem problema algum. Ver até onde eu consigo ser convincente, até onde posso me superar, e até mesmo até que ponto consigo ser “O” malandrão e enganar quem tá jogando comigo. Exatamente como gostava de fazer quando era criança.
Também adoro apostar, o que no Poker é fundamental [Ah vá! ¬¬]. E nessa hora gostar e, principalmente saber apostar, intimidar, arriscar é essencial.
E por fim, num jogo de Poker eu posso ficar observando a reação das pessoas, não só às apostas, mas sob qualquer circusntância. A diferença é que no Poker ninguém acha isso estranho. Ficar olhando fixamente pras pessoas, aprender com seus gestos, suas ações, suas reações.
No fim das contas, de duas uma: ou o jogo vira brincadeira de criança ou, pelo menos, viro “A” criança malandrona de novo.

Um comentário:

  1. Nossa, Fê...

    Você está escrevendo ainda melhor!!

    Além de transparente, a leitura não se torna cansativa e redundante!!

    Adorei!!

    sem análises psicológicas (declaradas, é claro!) ahahahahah

    ResponderExcluir