segunda-feira, 12 de julho de 2010

Guitar

"No one's gonna take me alive
The time has come to make things right
You and I must fight for our rights
You and I must fight to survive
"
(Knights of Cydonia, Muse)


De vez em quando eu mesmo me supreendo com o modo com o qual eu aprendo certas coisas. Porque em várias oportunidades a "luz" vem simplesmente do nada. Sério, quantas vezes eu simplesmente parei pra pensar sobre algo que não conseguia fazer e, de um segundo pra outro, tudo passou a fazer sentido; tudo se mostrou fácil e, de certo modo, bobo.
E isso acontece desde coisas banais - como passar "One" no Guitar Hero III [sim, demorei dias até conseguir passar, no Hard] - até coisas realmente complicadas, como um exercício a fazer, um trabalho a entregar, um texto a entender e/ou um instrumento, de verdade, a tocar. E em se tratando de um instrumento, tem um que, em especial, sempre tive vontade de aprender, mas nunca tive muita familiaridade.
Mas acontece que há dias minha paixão por violão voltou. E ela vem desde criança. Aliás, não só a paixão por violão, mas a paixão pela música em si.
Já quis tocar saxofone, já aprendi a tocar teclado [e já esqueci tudo], já aprendi a tocar bateria - nos intervalos entre as aulas de teclado - [e adoro, só nunca tive grana pra ter uma, para a sorte do ouvido alheio], já quis tocar violão e guitarra, já fiz parte de duas bandas ao longo desses meus 19 anos, e nas duas não passei de um mero boneco de Olinda cantando à frente de grandes músicos, com os quais tive a sorte de fazer amizade por um tempo.
Aliás, na segunda vez em que me fingi artista e disfarçava uma cantoria em um grupo musical, posso dizer que passei pelos melhores dias da minha vida. [Essa história é ótima e merece outro post]
Enfim, a música sempre me fascinou demais. E nesses últimos dias, em função de uma série de músicas sensacionais que recebi, dos artistas mais inesperados, e das quais gostei [sabe-se lá como], acabei retomando minha paixão pela música e, então, pelo violão.
Em uma determinada noite dessas últimas semanas, revendo um depois de muito tempo, parei pra pensar e, tal como em "One", simplesmente "saquei' como fazer pra tocá-lo. Sim, é disso que eu falava. O modo de segurar as notas, o esquema das batidas nas cordas, tudo. Tudo pareceu fácil e me inspirou a correr atrás dessa vontade que sempre tive.
Não sou muito fã de generalizações, mas nunca estive errado quanto à esse feeling. E agora eu sei que, se correr atrás, não vai ser difícil, finalmente, aprender a tocar violão e, sobretudo, ou prioritariamente, aprender a tocar - como uma homenagem que não poderia deixar de prestar - as músicas sensacionais, dos artistas inesperados.
Uma coisa eu tenho certeza, queria eu que a "luz" que me bateu e me fez sentir que posso tocar violão batesse também em "Knights of Cydonia" no Expert do Guitar Hero III. Eita música difícil! É bem capaz que eu aprenda a tocar One de verdade antes de passar esse inferno no videogame. Tenso.

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